15 de mar. de 2024

34RBA: Processos e histórias transfronteiriças de coletividades em movimento - Os desafios da mobilidade indígena na atualidade

 Estamos no Grupo de Trabalho 88 na 34ª Reunião Brasileira de Antropologia da Associação Brasileira de Antropologia

GT 088: Processos e histórias transfronteiriças de coletividades em movimento - Os desafios da mobilidade indígena na atualidade

Coordenação:

Renato Monteiro Athias (UFPE),
José Exequiel Basini Rodriguez (UFAM)

Descrição: Todas as pessoas se movem. A mobilidade é uma condição humana. Pelo menos isto é fortemente apoiado por estudos antropológicos referentes às dinâmicas das relações interétnicas, geo espaciais, bem como, as geopolíticas em transformações na atualidade. Esta proposta de GT visa atualizar a discussão antropológica sobre os atuais movimentos de coletividades indígenas que mostram uma especificidade com relação com as narrativas mitológicas, histórias de deslocamentos territoriais, itinerários e trajetórias de vida sobre movimentos na atualidade geo espacial. Dentro desta abordagem abrimos o debate para de um lado mapear essas mobilizações na história e etno-historia dos povos originários, em algumas regiões de contato interétnico e muito linguístico, debater alguns elementos críticos, relativos ao uso de classificações legais e justificativas políticas de alguns governos, para prevenir ou adiar a entrada de pessoas em movimentos nas fronteiras ditas oficiais e nas fronteiras não oficiais. E, sobretudo, elencar as diversas motivações coletivas para a realização de mobilidades no contexto de uma região e sua geopolítica, especificamente pode-se falar das regiões do Noroeste Amazônico especificamente, as regiões das fronteiras com o estado de Roraima, as regiões amazônicas da tríplice fronteiras no Rio Solimões, as fronteiras nas região do Estado de Rondônia tanto com a Bolívia, quanto com o Peru, ou ainda as fronteiras dos estados do Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

22 de nov. de 2023

Anais do IV Seminário Povos Tradicionais, fronteiras e geopolítica na América Latina: uma proposta para a Amazônia

 Estão no ar os Anais do IV Seminário Povos Tradicionais, fronteiras e geopolítica na América Latina: uma proposta para a Amazônia. O e-book reúne textos e transcrições das falas dos palestrantes que estiveram neste evento, realizado na modalidade on-line pelo LEPAPIS entre os dias 15 e 17 de junho de 2021. 

O acesso é gratuito em Universidade do Estado do Amazonas - Repositorio: Anais do IV seminário internacional povos tradicionais, fronteiras e geopolítica na América Latina: uma proposta para a Amazônia







10 de ago. de 2022

Publicação do livro "Cartografías, mapas y contramapas"



Prezades leitores disponibilizamos o audiovisual enviado pelo Prof. Vladimir Montoya da Universidad de Antioquia- Colômbia, e coordenador da Rede Internacional de Estudos Socioespaciais que apresenta a publicação Cartografías, mapas y contramapas, com referência no IV Congresso Internacional de Estudos Socioespaciais realizado na cidade de Medellín-Colômbia- 2016.  Estamos também postando o livro eletrônico da publicação mencionada disponível para download gratuitamente.

Lembramos que o Lepapis/Ufam faz parte da Rede Internacional de Estudos Socioespaciais, e sediou no ano 2011 o III Congresso Internacional de Estudos Socioespaciais.

Cordialmente
José Basini
Laboratório Panamazónico
Dan/Ppgas/Ifchs
Universidade Federal
do Amazonas
Amazonas, Brasil.

[Livro] Cartografías, mapas y contramapas  

[Vídeo] Reseña del autor: "Cartografías, mapas y contramapas"











18 de jun. de 2021

Nota pública de repúdio ao governo Bolsonaro marca encerramento de Seminário Internacional sobre Povos Tradicionais

 

Manifesto apoia a luta e defesa dos Direitos Indígenas e das Populações Tradicionais

 

Após três dias de intensos debates, o IV Seminário Internacional sobre Povos Indígenas, Fronteiras e Geopolítica da América Latina: uma Proposta para a Amazônia terminou hoje, 17 de junho de 2021, com a leitura de uma nota pública de repúdio ao governo federal brasileiro contra as violações das garantias constitucionais dos Povos Indígenas, comunidades Quilombolas e Populações Tradicionais.

O manifesto é da Rede do Seminário Internacional sobre Povos Tradicionais, Fronteiras e Geopolítica na América Latina, através de suas diferentes instituições e público participante, em sintonia com a organização do evento, o Laboratório de Estudos Panamazônicos, Prática de Pesquisa e Intervenção Social (LEPAPIS), do Departamento de Antropologia e do Programa de Antropologia Social (PPGAS), Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Ressaltando nominalmente o Presidente Jair Messias Bolsonaro, a nota salienta os desmandos do atual governo brasileiro, que “tem manejado as instituições para perseguir e destruir os princípios democráticos do Estado de Direito, arduamente conquistados”. Também se refere à destruição do meio ambiente, com o avanço do desmatamento na Amazônia; invasão e conflitos com garimpeiros em Terras Indígenas em diferentes estados; grilagem de terras e desmonte dos órgãos fiscalizadores e controladores.

Como um dos temas debatidos durante o IV Seminário, a pandemia de Covid-19 também integra a nota, apontando “a incompetência e o descaso no enfrentamento e combate ao coronavírus, o que tem ampliado e gerado uma crise sanitária no país”.

O professor José Exequiel Basini, coordenador do LEPAPIS, explicou que o manifesto refere-se à forma como os direitos diferenciados e conquistas sociais das populações tradicionais têm sido atingidos, produzindo violências, mortes e situações contínuas de vulnerabilidade sobre os estilos de vida de ditas sociedades. “Entre outras coisas, a negação das territorialidades e territórios dos povos tradicionais promovida e potencializada pelo atual Governo Federal, a partir de empreendimentos de alto impacto e mediante o modelo econômico neoextrativo: os agronegócios, a mineração intrusiva em Terras Indígenas e outros modos econômicos predatórios”, assegurou Basini.

Ele lembrou ainda que debates realizados com lideranças indígenas durante o seminário  clarificaram que os Povos Tradicionais não são contra o desenvolvimento do país, mas apoiam um desenvolvimento que respeite os diferentes estilos de vida dos povos amazônicos, “e não aquele pensado apenas para enriquecer as grandes empresas e corporações, que simplesmente se baseiam no capital desenfreado, no sistema capitalista”,

O manifesto termina com a ratificação do apoio e compromisso da Rede e assinantes à pauta e à luta dos Povos Indígenas e das Populações Tradicionais, ‘contra a política genocida do Governo Federal’.

Leia a íntegra em: https://bit.ly/3cRUHih 

 

O IV Seminário

 

Com a participação de 19 instituições, 27 palestrantes, 775 pessoas inscritas, o IV Seminário Internacional sobre Povos Tradicionais, Fronteiras e Geopolítica da América Latina: uma Proposta para a Amazônia aconteceu de 15 a 17 de junho, virtualmente. O evento foi uma realização do Laboratório de Estudos Panamazônicos, Práticas de Pesquisa e Intervenção Social (LEPAPIS), do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas (DAS/UFAM); Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Social (IFCHS/UFAM), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). Gratuito e destinado a estudantes, professores, lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas, representantes dos órgãos públicos, organizações não governamentais, sociedade civil interessada, o IV Seminário se propôs a debater temas de importância crucial para a Amazônia das próximas décadas.

O IV Seminário foi transmitido pelo canal do LEPAPIS no YouTube, por onde podem ser acessadas todas as apresentações: https://bit.ly/2RhzaZ1

17 de jun. de 2021

“Dinheiro enfraquece muito nossa autonomia”, diz liderança Yanomami

 

A primeira sessão da mesa-redonda ‘Direitos Socioambientais, Soberania Alimentar e o Presente dos Povos Tradicionais no Antropoceno’, do IV Seminário Internacional Povos Tradicionais, Fronteiras e Geopolítica na América Latina, Uma Proposta Para a Amazônia, aconteceu no dia 17 de junho, às 9h30 (horário de Manaus) e contou com a presença do Professor Dr. Helberg Chávez (Universidad Nacional de la Amazonía Peruana) de Iquitos/Peru; Armindo Góes, representante Yanomami de Maturacá, São Gabriel da Cachoeira/AM e Christiane Eveng, do Colegiado Negro do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas (PPGAS/UFAM). A coordenadora da mesa foi a Professora Dra. Maria Helena Ortolan, Chefe do Departamento de Antropologia (DAN) e Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFAM), Manaus/AM.

A camaronesa Christiane Eveng contou um pouco da sua trajetória de pesquisadora no Brasil, onde vive há 10 anos. Ela iniciou seus estudos pesquisando sobre africanos em Manaus e hoje pesquisa sobre tranças de cabelo afro. Ela falou sobre a trança como empoderamento, afirmação de identidade, símbolo de resistência e ancestralidade; sobre apropriação cultural e o significado da trança em várias culturas, em diversas fases da história.

O próximo convidado a falar foi o Professor Dr. Helberg Chávez.  Ele tratou de formas de aprendizado empíricas, ou seja, baseadas na prática, na experiência e observação, e não na teoria. O pesquisador começou a pensar sobre a questão a partir de sua experiência com um líder Kandozi com quem teve contato. Para os indígenas, o aprendizado é prático, e essa é a lógica de reprodução da cultura e que domina os usos da linguagem cotidiana.

Em seguida, foi a vez do líder Yanomami Armindo Góes. Ele saudou as pessoas na língua Yanomami e contou sobre os trajetos fluvial e terrestre, de sua aldeia até a sede do município de São Gabriel da Cachoeira/AM, que durou 10 horas e meia. Com apoio do Instituto Socioambiental (ISA), Armindo conseguiu participar ao vivo do seminário. Armindo tratou sobre o que define de ‘Soberania

 

 

 

 

Alimentar Primária Yanomami Tradicional’, que, segundo ele, é muito diferente da soberania alimentar das pessoas não indígenas. O indígena explicou que, para a cultura Yanomami, a vida é coletiva e está totalmente relacionada à natureza; seus alimentos não têm proprietários e eles não lucram com a venda dos alimentos. Em relação a projetos financiados pelos não indígenas, ele reconhece que os mesmos nunca deram certo, pois não trazem conhecimento ou aprendizado para a população indígena. Sobre essa questão, afirmou: “o dinheiro enfraquece muito nossa autonomia”. No final, questionou sobre o futuro das populações indígenas.

Essa mesa-redonda está disponível em: https://bit.ly/3q3vEOM

 

O evento é uma realização do Laboratório de Estudos Panamazônicos, Práticas de Pesquisa e Intervenção Social (LEPAPIS), do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM); e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Social (IFCHS) da UFAM, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). É gratuito e destinado a estudantes, professores, lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas, representantes dos órgãos públicos, organizações não governamentais, sociedade civil interessada e se propõe a debater temas de importância crucial para a Amazônia das próximas décadas.

O IV Seminário está sendo transmitido pelo canal do LEPAPIS no YouTube: https://bit.ly/2RhzaZ1

 

16 de jun. de 2021

Aumentam os desafios para migrantes durante a pandemia de Covid-19

  A sessão 2 da mesa-redonda ‘Mobilidades Mundiais, Espaços Transfronteiriços e a Produção do Território em Tempos de Pandemia’, aconteceu nesta quarta-feira, dia 16 de junho, às 14h (horário de Manaus) e contou com a presença da Catalina Sampaio,  representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Manaus/AM, da Professora Dra. Francilene dos Santos Rodrigues, da Universidade Federal de Roraima/BV-RR, e Andrés Fernández, Liderança Mbyá Guarani de  Camaquã/RS, que não participou do IV Seminário ao vivo, mas enviou uma apresentação audiovisual. Quem coordenou a mesa-redonda foi o Professor Dr. Sandro Martins, GEMA - DAN e PPGAS/UFAM.

    A mesa-redonda iniciou com a apresentação enviada por Andrés Fernandes, Liderança Indígena da etnia Mbyá Guarani. A fala de Andrés deixou evidente a insegurança da população indígena, que foi retirada do seu território, por determinações do poder público, não tendo o seu direito à terra garantido.  Andrés falou do momento difícil que o mundo está passando na pandemia e da experiência de ter disponibilizada uma área sem mata, perto da estrada, cedida pelo governo, que inviabilizava a caça e a pesca e que, por isso, a única alternativa era fazer artesanato. Hoje, ele vive em uma área onde pode plantar, mas, por conta do isolamento social da pandemia, ele não pode continuar vendendo seu artesanato.

    Catalina Sampaio, representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Manaus/AM, iniciou dizendo: “É muito impactante o depoimento do senhor Andrés”. Ela falou sobre o trabalho realizado pela entidade para garantir o acesso a direitos básicos para refugiados, pessoas que tiveram que se deslocar de forma forçada e os apátridas. Ela afirmou que existem 62.055 pessoas, entre refugiados e migrantes, vivendo em Manaus e que a primeira ação da entidade é providenciar documentos para os que não têm. O trabalho da entidade, segundo ela, também envolve encontrar um abrigo e trabalho para eles, de modo que todos possam se tornar protagonistas da própria vida. A equipe tem a função de pensar de que forma essas pessoas serão reintegradas na sociedade e dar condições para que isso aconteça.

 

    A Professora Dra. Francilene dos Santos Rodrigues, da Universidade Federal de Roraima (UFRR) foi a última palestrante e levou para a mesa a discussão de um novo tipo de mobilidade global. Ela explicou que qualquer tipo de migração é forçada, seja por questões econômicas, políticas ou ambientais, e citou o exemplo da política intervencionista dos EUA, causando mobilização em vários países, e o caso do Brasil, que voltou ao mapa da fome, resultando em uma mobilidade interna. Também falou sobre a presença de mulheres e crianças nos dados de migração, inclusive do aumento do número de caso de crianças que migram sozinhas. Francilene lembrou que a migração, em muitos casos, também está ligada a interesses internacionais de apropriação dos recursos naturais de países como o Brasil.

    A mesa-redonda terminou com o coordenador Sandro Martins dizendo que a busca de soluções duradouras é o grande desafio, mas que não devemos desistir.

A íntegra dessa mesa-redonda está disponível em: https://bit.ly/3wB5Vj2

 

    O evento é uma realização do Laboratório de Estudos Panamazônicos, Práticas de Pesquisa e Intervenção Social (LEPAPIS), do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM); e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Social (IFCHS) da UFAM, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). É gratuito e destinado a estudantes, professores, lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas, representantes dos órgãos públicos, organizações não governamentais, sociedade civil interessada e se propõe a debater temas de importância crucial para a Amazônia das próximas décadas.

O IV Seminário está sendo transmitido pelo canal do LEPAPIS no YouTube: https://bit.ly/2RhzaZ1

“A pandemia (de Covid-19) não é somente a exposição das desigualdades, é também a produção dela”

   O tema do segundo dia do IV Seminário Internacional, ‘Mobilidades Mundiais, Espaços Transfronteiriços e a Produção do Território em Tempos de Pandemia’, foi debatido nesta quarta-feira, dia 16 de junho, na sessão 1, que iniciou às 9h40 (horário de Manaus).

    O Professor Dr. Eloy Rivas-Sanchez (Athabasca University), do Canadá, dividiu a mesa-redonda com Cristina Rivas, Antropóloga e ativista da Venezuela e o Professor Dr. Vladimir Montoya (Universidad de Antioquia), da Colômbia. Quem coordenou a mesa foi o Professor Dr. Sidney Silva (GEMA - DAN e PPGAS/UFAM).

    Eloy iniciou falando que o momento atual é crítico, pois muitas pessoas ao redor do mundo estão sofrendo e a vida humana está sendo ameaçada de uma maneira, talvez, nunca vista. Ele discorreu sobre a luta pelos territórios, no Canadá, especialmente por aqueles que não possuem documentos, os indocumentados, pessoas que vivem desintegradas da sociedade, são excluídas e têm os direitos básicos negados. Nesse contexto de pandemia, os movimentos que lutam pelos direitos têm tido um papel importante para se repensar as relações humanas e para o resgate de valores como a solidariedade, soterrados pelo neoliberalismo.

   Cristina Rivas tratou da dramática migração do povo venezuelano, especialmente para o Brasil, e lançou uma pergunta: como oferecer uma solução para a humanidade diante de tantos desafios? Ela mesma deu uma possível resposta, quando frisou a importância dos seminários e da educação para pensar em soluções. Cristina falou sobre uma mudança de paradigma nas relações sociais que a humanidade está vivenciando ao mudar do mundo analógico para o digital e questiona se, neste cenário, ganhamos ou perdemos liberdade. Ela agradeceu a receptividade do povo brasileiro e lembrou dos 4,6 milhões de refugiados da Venezuela, segundo a ONU. Cristina disse que a migração venezuelana tem como protagonistas as mulheres, que enxergam no deslocamento a única alternativa possível para sobrevivência diante da profunda crise que atravessa seu país.

    O último convidado da mesa, Vladimir Montoya, tratou das estruturas de dominação e controle que os governos têm exercido durante a pandemia de Covid-19 para conter a disseminação do vírus e que agem sobre as populações consideradas indesejadas, de forma a aumentar a desigualdade social e a injustiça global. Para Vladimir, a pandemia está criando formas inéditas de exclusão: “A pandemia não é somente a exposição das desigualdades, é também a produção dela”.

Essa mesa-redonda está disponível em: https://bit.ly/3iH5EHo

 

 

    O evento é uma realização do Laboratório de Estudos Panamazônicos, Práticas de Pesquisa e Intervenção Social (LEPAPIS), do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM); e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Social (IFCHS) da UFAM, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). É gratuito e destinado a estudantes, professores, lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas, representantes dos órgãos públicos, organizações não governamentais, sociedade civil interessada e se propõe a debater temas de importância crucial para a Amazônia das próximas décadas.

O IV Seminário está sendo transmitido pelo canal do LEPAPIS no YouTube: https://bit.ly/2RhzaZ1

Terriorialidade foi tema central dos debates da tarde do primeiro dia de seminário

 

  Coordenada pelo professor Gilton Mendes dos Santos (NEAI – DAN e PPGAS/UFAM), a sessão 2 da mesa-redonda ‘Os Desafios dos Povos Tradicionais na Conjuntura Neoextrativista Continental’, que teve início às 13h30, do dia 15 de junho, contou com as participações dos professores Renato Athias (UFPE – Recife/PE) e Renato Fernandes Caetano (Faculdade Católica de Rondônia – Porto Velho/RO). 

   Para Renato Athias, o tema da mesa-redonda trouxe uma discussão de vanguarda, diante da situação econômica e de exploração atual, especialmente das Terras Indígenas. Ele citou as explanações das representantes dos povos indígenas que participaram da mesa da manhã, Nara Baré e Marcivana Sateré Mawé, que, conforme Athias, “trouxeram questões fundamentais e uma visão de fronteira e economia bastante diferentes da visão política dominante”.

    O professor apresentou um mapa, apontando as áreas de garimpo no alto rio Negro/AM, que “foram responsáveis por profundas transformações, causando um impacto direto na organização social dos povos indígenas”, na região de São Gabriel da Cachoeira/AM, por exemplo, e trouxe para o debate significativas informações acumuladas durante décadas de estudos etnológicos.

    Em seguida, Renato Fernandes Caetano fez uma exposição sobre a história de Rondônia e as transformações causadas por grandes empreendimentos ao longo da história, como as Missões; os ciclos da borracha, na Amazônia; a estrada de ferro Madeira-Mamoré, entre outros, que impactaram a vida dos povos indígenas e causaram conflitos socioambientais permanentes, acarretando em deslocamentos e redefinições territoriais, além de genocídios e destruição da cultura tradicional dos povos originários.

   O IV Seminário Internacional sobre Povos Tradicionais, Fronteiras e Geopolítica na América Latina. Uma proposta para a Amazônia acontece em ambiente virtual até o dia 17 de junho de 2021. O evento é gratuito e destinado a estudantes, professores, lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas, representantes dos órgãos públicos, organizações não governamentais, sociedade civil interessada, debatendo temas de importância crucial para a Amazônia das próximas décadas.

 

 

 

 

Todos os participantes que comprovarem presença em 75% do evento terão direito a certificado.

Assista, na íntegra, a essa sessão em: https://bit.ly/3vtU2KE

 

 

    O evento é uma realização do Laboratório de Estudos Panamazônicos, Práticas de Pesquisa e Intervenção Social (LEPAPIS), do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM); e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Social (IFCHS) da UFAM, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). É gratuito e destinado a estudantes, professores, lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas, representantes dos órgãos públicos, organizações não governamentais, sociedade civil interessada e se propõe a debater temas de importância crucial para a Amazônia das próximas décadas.

O IV Seminário está sendo transmitido pelo canal do LEPAPIS no YouTube: https://bit.ly/2RhzaZ1

15 de jun. de 2021

É preciso olhar a Amazônia para além das florestas

    A assertiva é de Nara Baré, coordenadora da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), a primeira a se pronunciar na mesa de abertura virtual do IV Seminário Internacional sobre Povos Tradicionais, Fronteiras e Geopolítica da América Latina: uma Proposta para a Amazônia, ontem, 15 de junho, às 9h55 (horário de Manaus). Ela dividiu a tela de abertura do evento com: Raimundo Nonato Pereira da Silva (Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais - IFCHS/UFAM); Flávia Melo (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS/UFAM), Maria Helena Ortolán Matos (Departamento de Antropologia - DAN/UFAM); Márcia Perales (Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas – FAPEAM) e José Exequiel Basini (Laboratório de Estudos Panamazônicos - LEPAPIS/UFAM).

   Para Nara Baré, é preciso “olhar a Amazônia para além de florestas, enxergando o ambiente como um todo, mas principalmente nos enxergando, enxergando os povos indígenas, enxergando os povos tradicionais, enxergando os ribeirinhos, enxergando toda uma população que faz com que a Amazônia, perante todos esses desafios, ela continue como está hoje”.

   Em seguida, Márcia Perales, presidenta da FAPEAM, lembrou a importância do evento para a popularização da Ciência e para incentivar as parcerias, a cooperação nacional e internacional.  

    Raimundo Nonato falou sobre a necessidade de se ter um olhar para o futuro e a importância que a iniciação científica tem nessa caminhada. Já Maria Helena Ortolan lembrou que a crise pandêmica da Covid-19 deixou ainda mais evidente “a desigualdade socioeconômica dos povos tradicionais e indígenas, que insistem em manter a pluricidade nos países da América Latina” e que a participação no IV Seminário é uma “obrigação dos que valorizam a diversidade como referência contemporânea de projeto político de constituição do bem viver para todos”.

    Flávia Melo parabenizou as mulheres indígenas pelo protagonismo por agirem de “maneira educadora e resistente aos cuidados e respostas originais, criativas e auto-organizadas à pandemia de Covid-19”, lembrando, também, da importância do espaço de produção de conhecimento forjado no diálogo com povos tradicionais e do engajamento com políticas de resistência.

      Para encerrar a mesa de abertura, o coordenador do evento, José Basini, agradeceu a todos os integrantes da mesa, aos povos tradicionais, “sempre na vanguarda” e “cuidando da vida de todos”, aos convidados, às instituições, à empresa contratada para a produção, divulgação, transmissão e gravação do evento e a todos e todas que participaram e apoiaram o IV Seminário Internacional.

O evento está sendo realizado pelo Laboratório de Estudos Panamazônicos, Práticas de Pesquisa e Intervenção Social (LEPAPIS), do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM); e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Social (IFCHS) da UFAM, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). É gratuito e destinado a estudantes, professores, lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas, representantes dos órgãos públicos, organizações não governamentais, sociedade civil interessada e se propõe a debater temas de importância crucial para a Amazônia das próximas décadas.

Todas as mesas-redondas serão disponibilizadas no canal do YouTube do Lepapis: https://bit.ly/3vvUs3d

Artista plástico doa tela para sorteio durante abertura do IV Seminário Internacional sobre Povos Tradicionais, Fronteiras e Geopolítica na América Latina

    Um momento cultural surpreendente marcou a abertura do IV Seminário Internacional sobre Povos Tradicionais, Fronteiras e Geopolítica na América Latina. Uma proposta para a Amazônia, hoje, dia 15 de junho, às 9h30 (horário de Manaus). Virtualmente, o artista plástico parintinense Rubens Belém mostrou parte de seu acervo e contou sobre a influência da diversidade dos povos indígenas da Amazônia à sua arte.  Para surpresa de todos e todas, o artista anunciou a doação de uma tela para ser sorteada no final do evento.

    Trata-se da obra ‘Sumaúma’, de 41x84cm, em acrílico sobre tela espatulada, de 2021, que expressa, com técnica e maestria, o dom do artista que, há mais de 20 anos, se dedica à arte de pintar a Amazônia como forma de preservação da memória: “Ela denuncia e educa. E é por isso que eu pinto a Amazônia, é minha fonte de inspiração”, declarou o artista.

 

Sumaúma

 

    A obra será sorteada, ao vivo, no último dia do evento, 17 de junho, durante a sessão de encerramento. Todas as pessoas que comprovarem, no mínimo, 75% de participação no evento, verificados através das listas de frequência circuladas durante todas as mesas-redondas, terão a chance de concorrer à arte de Rubens Belém.

   A empresa contratada para a produção do evento, Guazzelli Comunicação Socioambiental, se encarregará do contato e envio da obra de arte ao ganhador ou ganhadora.

    O evento está sendo realizado pelo Laboratório de Estudos Panamazônicos, Práticas de Pesquisa e Intervenção Social (LEPAPIS), do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM); e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Ciência (IFCHS) da UFAM, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). É gratuito e destinado a estudantes, professores, lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas, representantes dos órgãos públicos, organizações não governamentais, sociedade civil interessada e se propõe a debater temas de importância crucial para a Amazônia das próximas décadas.